Numa pequena cidade do interior, havia um pobre mendigo. Fazia o que todo mendigo faz. Dormia nas calçadas, pedia pão e roupas velhas (é o que todo mundo dá). Ganhava estas coisas e as colocava dentro de uma mochila. Nos dias bonitos de sol, ele sentava na praça, tirava do saco os trapos, lavava-os na fonte da praça e os estendia no chão para secar. Pegava o pão velho e amassava-o com uma pedra que ele trazia dentro do saco, comia como se fosse uma sopa. Era um mendigo que não incomodava, até gostava de conversar e brincar com algumas crianças. Assim levava a vida...
Quando ele demorava para aparecer o povo sentia falta, mas ele, mais cedo ou mais tarde sempre chegava. Aconteceu, porém, que num dia frio o mendigo não apareceu. Estava morto lá no começo da rua principal.
Quando ele demorava para aparecer o povo sentia falta, mas ele, mais cedo ou mais tarde sempre chegava. Aconteceu, porém, que num dia frio o mendigo não apareceu. Estava morto lá no começo da rua principal.
O povo correu para ver o homem morto. Do lado dele estava a mochila e mais nada. O povo "cheio de bondade" ajeitou o enterro e levou-o para o cemitério. Um jovem curioso revirou a mochila e gostou da pedra. Levou para casa a pedra e, lavando-a descobriu uma pedra preciosa. Um diamante que todo dinheiro da cidade não dava para comprar. O difícil da vida fraterna é a gente ter a coragem de mexer na mochila do mendigo que convive conosco... pensamos sempre que dentro da mochila do mendigo só tem trapo e pão velho... Orgulho desgraçado.
Esses mendigos são as pessoas com as quais convivemos e tentamos viver a fraternidade, mas que às vezes, é tão difícil só porque um carrega "sua mochila" e ninguém sabe o que tem lá dentro... Aí passamos a vida mendigando e não descobrimos o diamante escondido dentro de cada pessoa. E se a gente fizesse uma busca nas nossas mochilas e nas mochilas de nossos companheiros de caminhada? É o amor que nos faz descobrir o diamante dos "mendigos" que vão conosco pela vida afora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário